sábado, 29 de novembro de 2008

O soneto da Morte

Eu escrevo e retrato minha dor
Num cantinho isolado em casa
No teu sorriso o fim d'um torpor
Em um mundo separado de tudo

Escrevo-te mas sinto-me melhor
Ao perceber minha vida saindo
Deste corpo marcado pela dor
Partindo agora rumo ao paraíso

Ó virgenzinha minha, não me impessas
De andar pelos sonhos teus e morrer
Por entre seus seios enquanto choras

Estou fadado a viver sem você
Mas agora vivo por entre as chamas
Da morte que eu sempre desejei a mim

André Luiz Abdalla Silveira

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