E é mais uma vez o frio gélido a atormentar-me
E um leito gelado e duro descanso
Nunca mais abrirei os olhos, nunca verei você
Vestida numa roupa feita de alvo pano
Nunca mais desejarei você numa noite de verão
Nunca mais irei lhe ver nua embelezando a lua
Nunca maisverei você; preso num escuro porão
Estou morto, jazendo na mais fria e escura cova
Nunca mais verei meus meus campos, nunca verei as ondas
Nunca mais verei a neve esbranquiçando o impuro chão
Nunca mais verei maçãs, nunca verei as onças
Só algo me alegra, e é o fim deste grilhão
Que aprisiona a vida que agrilhoava minh'arte
Não mais verei você a sombra d'um Pinheirão
André Luiz Abdalla Silveira
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